segunda-feira, 19 de agosto de 2013

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É uma dor que rasga fundo
Mas tão sutil que vem e vai
Sorrateira
E se esgueira
Sem eu ver
daqui não sai.

Dor de ver o meu juizo
Enganado e contradito
Hoje sois tu o meu monstro
Ontem foi sonho bonito

Não entendo
Não posso ver
Sou eu ou foi mesmo você?
Mudou do vinho pra água,
Passou do tudo pro nada…

Triste fim a que chegamos
no caminho que tomamos,
Já não sei mais quem tú és
Vou trocando as mãos por pés

Nessa estrada tortuosa
Vou seguindo devagar
Um pouco louca, eu assumo
De saudosa eu estar
Por uma figura pomposa
Que só existe em meu altar
Como posso eu perseguir
Algo que já não existe mais?
Mas deixar algo que já foi tão belo
Eu também não sou capaz

Fico assim nesse impasse
Um passo a frente
Três pra trás
Talvez um dia isso passe
Pra eu voltar pra minha paz.

Desenho e texto por July Tilie

quinta-feira, 14 de março de 2013

Simples Assim

E foi no meio de tantas incertezas
e certezas de tudo que eu não queria pra mim

E foi quando eu menos procurava,
e na realidade mais precisava

E foi, porque tinha que ser
e foi quando tinha de ser

Só sei que foi, e é...
No meio de tantos "não quero"s
Surge você, meu bem querer

Quem deixou você entrar,
e me colorir assim, tanto, sem me consultar?

Como você pôde mudar tudo em tão pouco tempo,
e pior, sem minha ordem, muito menos consentimento?

Como foi que seu sorriso iluminou um escuro que eu nem sabia existir em mim?
e como essa vontade foi brotando aqui dentro?... essa vontade sem fim

Porque agora já não vejo como há eu sem você, e você sem mim,
experimentei o gostinho de partilhar contigo, e já sei que quero a vida sempre assim

Essa dor do dilacerar, que agora me toma, parece grande,
Mas comparada com o gosto bom de te reencontrar, a dor vira pó

E o que era nó desata

E ficamos assim,

 Eu nocê, e ocê ni mim...


Por July Tilie

domingo, 13 de janeiro de 2013

Yours


Sinto-te inteiro
Plena, natural e confortavelmente
Não tenho medo nem receio
Aceito
Aceito seu calor e aconchego
E suas curvas que se misturam com as minhas
Seu gosto, já tão familiar, me confunde
Se é gosto de mar, sal ou sol
(ou será castanha de caju?!)
Me perco em seus beijos, esquecendo de mim e do mundo
E só me encontro em seus abraços
O dia começa bem quando meu olhar encontra o seu
E seu sorriso me ilumina e alegra
Sinto seu ritmo e pulsar
E adoro ficar no salão com você a girar
Me encanta fazer mil programas contigo
Assim como fazermos um monte de nada entre lençois, risadas e a margarida
Sinto-te inteiro,
E sou, inteiramente, tua.
July Tilie