terça-feira, 25 de maio de 2010

Wait..waste

Somente uma coisa gira pela minha cabeça, quando qualquer outra deveria habitá-la..
tanto afazeres, tantos por-fazeres, tantos tudo
e você ai, rondando meus pensamentos
até meus sonhos resolveu visitar
deixando suspiros e tormentos

Engraçado era o tempo, que, agora vejo,
me iludia em pensar que tudo controlava...
admito agora que não o faço
mas a vulnerabilidade não me agrada
As couraças foram largadas pela estrada
mas preciso aprender a viver sem elas

Sem a armadura aberta estou
para a flor assim como para o desalento
para o carinho assim como a frustração
talvez a espera de uma ligação
ou, quem sabe mais pretenciosa...
a espera de um novo coração

A espera de um novo lar, nova moradia
pra aguentar o frio do outono e desse dia a dia
a espera de ti, porque não
a espera, que convenhamos, sei que sempre será em vão.


[ Por July Tilie ]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Não

E quando disse que não, procurando toda firmeza no meu âmago para afirmar assim, tão certa, que não... a única parte de mim que negou foram meus lábios. Assim como meu cérebro queria dizer que não, decidiu por mim, mas não tem só ele de chefão... sinto como se essa massa cinzenta controlasse minhas palavras, mas os olhares, o rubor, a mão que sem querer encosta na tua.. ahh esses são controlados pelo coração...
Porque sinto tudo tão complicado, tão divergente?
Porque não podia eu inteira decidir para um lado só..sinto minhas pernas indo pra direita, meu tronco pra esquerda.. e a cabeça, fica onde nessa história?
Porque já sabendo do fim fico pra assistir o filme todo?
E porque pensar tanto, em vez de ser..
ao menos uma vez, não ter sempre uma resposta, um rebate..
ao menos uma vez, me por vulnerável, aceitar que não sei tudo, e que tudo que sei pode ser revisto...
ao menos uma vez dizer sim, de corpo e alma.. e mente...
Pra que mentir com a mente o que inegável se é na palpitação?
Porque não deixar ser guiada de uma vez por todas pela emoção?
E porque mesmo após assumir que sim, continuar repetindo o mantra não, não não?

domingo, 9 de maio de 2010

as the Wind blows


Entre voltas e revoltas
entre olhos, mãos e bocas
vou me encontrando, refazendo
repensando e vivendo

Conceitos fechados,
que aos poucos são repensados
afinal o que é constante,
existe entre tudo isso absoluta verdade?

E se existe, quem a dita?
e quem de fato acredita
que regras sociais pendentes
são mais importante que desejos latentes?

Pela lente dos meus olhos
meu prisma se expande,
é divergente, não convergente numa idéia
assim como o vento em tudo chega, e nada é

Também eu como o vento sou
as vezes intensa como rajada
em outras calmaria, quase mormaço
procurando um lugar pra chamar de meu,
entretanto sabendo que sem movimento inexisto.




[Por July Tilie]