segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Atemporal

Não sei o que foi, ou onde, ou quando

Se foi naquele abraço
ou no ressoar da sua voz

Talvez ao ver seus olhos me olhando, do outro lado da sala
ou melhor ainda, a fuga rapida e envergonhada ao serem descobertos

Talvez a impossibilidade
misturada com a sua sempre gentileza e cordialidade

Seus elogios sinceros, sua atenção
A maneira que a conversa flui e como você me ouve

Ainda até posso crer que foi quando finalmente me fitou
seus olhos sérios, respiração ofegante e mãos confusas

Hipotese plausível é que foi quando se rendeu e me beijou
Beijo terno, contido e completo em si... beijo silencioso que fala por si só

Posso crer talvez que foi após isto, quando declarado nosso carinho ficou
que ao concordarmos que a sintonia existe para ambos que tudo se consolidou

Fiquei hooked... enganchada pelo momento
que mais belo é por ter sido completo nele mesmo

sem expectativas ou amanhãs...

sem promessas ou profecias

sem necessidade de começo ou fim

pois é sensação perene e atemporal

são as marcas, fotografias na memória, um instante partilhado
que fazem um momento, uma noite, uma vida valerem a pena

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